Results for Esboço de Sermão
Lucas 19:1-10
    [1] Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
    [2] Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,
    [3] procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
    [4] Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
    [5] Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.
    [6] Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.
    [7] Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador.
    [8] Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
    [9] Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.
    [10] Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.

Zaqueu um homem que despertou
    Você já deve ter lido algumas vezes o relato sobre o encontro entre Zaqueu e Jesus. Zaqueu era um homem rico, um coletor de impostos para o governo de Roma em Jericó.

    Os judeus consideravam os Publicanos como traidores e desprezíveis pelo fato de estarem ajudando Roma a extorquir Israel.

    O caráter dos publicanos não era dos mais confiáveis, porque eles geralmente cobravam grandes somas de dinheiro, além do estipulado por Roma em benefício próprio.

    O sistema de recolhimento de impostos era sujeito a abusos, Roma franqueava ao publicano uma determinada área, pela qual ele seria responsável para arrecadar impostos, ao publicano era estipulada à quantia anual que deveria ser recolhida, mas os coletores cobravam taxas bem superiores ficando com o excedente.

    Alguns coletores aceitavam suborno dos ricos diminuindo a taxa deles e sobrecarregando os pobres para compensar.

    O povo se sentia massacrado com tantos impostos.

    Os judeus não aceitavam o fato de que um irmão estivesse trabalhando para usurpadores.

    Para alimentar a realização de seus sonhos ambiciosos o Império Romano precisava de uma grande soma de dinheiro para a manutenção dos exércitos, a construção de anfiteatros, estradas.

    Era altamente dispendioso alimentar as ambições de Roma e para encher seus cofres os romanos cobravam pesados impostos.

    Inevitavelmente, Zaqueu sentia a pressão daquela situação.

    Convivia com o ódio dos judeus.

    Ele tentou ser aceito ganhando posição e dinheiro, mas logo descobriu que continuava a ser rejeitado, porque por ser judeu não era aceito pelos romanos e por estar ajudando a Roma não era amado pelos judeus.

    Na ânsia de buscar aceitação de ambos os grupos, terminou encontrando o desprezo total.

    Essa rejeição deve Ter provocado feridas profundas nele e em sua família.

    No seu interior Zaqueu sofria com o isolamento, ELE DESCOBRIU QUE O DINHEIRO NÃO PODIA COMPRAR O AMOR. FOI NESTE CONTEXTO, QUE ZAQUEU COMEÇOU A OUVIR SOBRE JESUS.


    AQUI COMEÇAMOS A PERCEBER OS VALORES DE ZAQUEU

    1) ELE RECOBROU A VISÃO DA IMPORTÂNCIA DE DEUS E DE SUA FAMÍLIA(v. 3a)

    #Procurava ver quem era Jesus...#.

    A nossa vida é resultado da maneira como vemos a Deus.

    A maneira como pensamos, como decidimos, como optamos, como escolhemos, como priorizamos, Nossos valores, nossa conduta depende da maneira como vemos a Deus, o que Ele significa para nós e o que significamos para Ele.

    2) NÃO SE INIBIU COM SUAS LIMITAÇÕES(v. 3-4)

    [3] procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
    [4] Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.

    Zaqueu era baixo e não podia ver a multidão.

    Porém, ele não desistiu de seu alvo.

    Ele queria ver Jesus e procurou os meios através dos quais poderia alcançar seu objetivo.

    Muitas pessoas desistem facilmente, basta um obstáculo.
    Se você quer alcançar seu objetivo, tem que vencer as limitações tem que encarar as dificuldades sem medo.

    Se você quer a bênção de Deus, não desista quando os obstáculos surgirem.

    3) OLHOU NA DIREÇÃO CERTA(v. 4b)

    #... Ali havia de passar...# Já pensou se ele fosse para a árvore errada.

    Há muita gente desejando ver, mas olhando na direção errada.

    Para alcançarmos o que necessitamos não é necessário ser Grande; Importante; Muito inteligente.

    A ÚNICA COISA NECESSÁRIA É OLHAR NA DIREÇÃO CERTA.

    4) ENXERGOU ALÉM DO QUE VIU(v. 8-9)

    [8] Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
    [9] Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.

    Zaqueu viu que quem estava ali não era um simples profeta, ou um mestre, mas o Messias.

    Zaqueu podia haver hospedado Jesus, Ele ter ido embora e tudo haver continuado como antes, MAS VIU ALGO PARA ALÉM DA PRESENÇA DE JESUS, VIU A POSSIBILIDADE DE SALVAÇÃO.

    Muitas pessoas não conseguem enxergar mais do que estão vendo.
    5) INVESTIU NAQUILO EM QUE CREU(v. 8)

    [8] Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.

    Zaqueu entendeu que havia algo que cabia a ele fazer. Há muita gente que quer alcançar o que necessita, mas não investe para isso.

    Se você tem um objetivo, uma visão, um projeto, HÁ ALGO QUE VOCÊ PRIMEIRAMENTE TEM QUE FAZER: INVESTIR NISSO.

    Sendo homem rico e conhecido em Jericó não temeu o ridículo, diante de uma limitação física, ele subiu em uma árvore.

    Ao subir na árvore Zaqueu estava confessando diante de todos, que reconhecia que Jesus era mais importante do que o seu dinheiro e a sua posição.

    VOCÊ TERIA CORAGEM DE SE EXPOR E SE DESPOJAR DESTA FORMA DIANTE DE TODOS

    SABE QUAIS FORAM OS RESULTADOS DESSE ESFORÇO DE ZAQUEU?

    1) JESUS O VIU

    É isso que chama atenção de Deus. Busca de coração, não só de mente.
    Os nossos esforços e a nossa busca não passam desapercebidos aos olhos de Jesus,

    Jesus o chamou pelo nome e esta foi uma forma de começar a curá-lo, pois todos o conheciam como o cobrador de impostos, o publicano, mas Jesus não chamou Zaqueu pelo rótulo imposto pela sociedade, Ele o chamou pelo nome, honrando-o diante dos olhos de todos.

    Se você precisa de Jesus na sua vida, em sua casa, demonstre isso.

    2) JESUS TRANSFORMOU ZAQUEU(v. 8)

    Este poder transformador não está no dinheiro, no prestígio, no lucro, na fama. Esse tipo de transformação só acontece quando estamos com Jesus, assentados com Ele, O ouvindo.

    3) JESUS SALVOU A CASA DE ZAQUEU(v. 9-10)

    [9] Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.
    [10] Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.

    A salvação não foi só de um homem, foi de toda a família. A salvação chegou para a casa toda. Ele veio salvar o perdido. ALGUMA COISA SE PERDEU EM SUA VIDA, EM SUA CASA? 
Cido Silva quinta-feira, novembro 24, 2016
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-Introdução:
Nas listas de ‘top 10’ são apresentados os maiores ou melhores de uma categoria. Os resultados são colhidos na opinião pública, tendo consenso da unanimidade. No tempo de Jesus na terra, também havia listas dos grandes nomes no meio de seu povo. Esta discussão parece se destacar no capítulo 12 de Mateus e Jesus deu respostas que mexeram com os conceitos de grandeza do judaísmo.

Se a preocupação do povo era seguir o ensino de alguém grande, então estavam diante do maior personagem que a história já conheceu.
Jesus é o maioral em sua vida?
Vamos refletir sobre os textos onde Jesus diz que é maior:

1- Jesus é maior que o TEMPLO = RELIGIÃO: Mateus 12.6 “aqui está quem é maior que o templo”
A primeira coisa considerada grande para o povo era o templo, símbolo de sua religião. Olhando a grandeza do templo e a pequenez do legalismo dos fariseus, Jesus afirmou ser maior que o templo. Para o povo da época, não havia nada maior e mais glorioso que o templo. Contudo Jesus mostrou ser maior que sua religiosidade.

A mente do povo estava tão presa ao seu passado que não concebiam a hipótese de surgir alguém maior que seus patriarcas. Por isso a mulher samaritana perguntou se Jesus era maior que Jacó (João 4.12), mas reconheceu a grandeza do Mestre. O povo no templo lhe perguntaram se era maior que Abraão (João 8.53) ficando irados com a resposta positiva ao ponto de quererem apedrejá-Lo (João 8.58,59),

Nenhuma religião é capaz de conter a grandeza de Deus em si mesma. Deus sempre vai superar a religiosidade humana. Nem a teologia é capaz de explicar com exatidão quem é Deus porque o Senhor sempre será maior que todas as palavras. Nenhum templo ou ritual é capaz de conter o significado infinito do Todo Poderoso.

Não adianta discutir doutrinas e costumes denominacionais, pois Jesus é maior que tudo isso, até mesmo que a nossa própria razão quando estamos corretos. Então deixe a religiosidade para seguir a Jesus.
Jesus é maior que a religiosidade!

2- Jesus é maior que o SÁBADO = LEI: Mateus 12.8 “Porque o Filho do Homem é senhor do sábado”
A segunda coisa grandiosa para o povo era o descanso em dia de sábado, que representava o cumprimento da lei. . Jesus mostrou para os fariseus que estavam “negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens” (Marcos 7.8). Jesus foi criticado por deixar seus discípulos colherem espigas para matar sua fome em dia de sábado (Mateus 12.1), tamanho era o legalismo dos fariseus que impediam as pessoas até de se alimentar ou praticar boas obras.

A lei de Moisés para os judeus era irrevogável, “Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés” (Hebreus 3.3). Por isso Jesus declarou ser maior que o sábado, ou como descreveu o evangelista Marcos, “também do sábado” (Marcos 2.28), mostrando que na verdade é Senhor de todas as coisas.

Jesus é o Rei dos reis e “um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar” (Tiago 4.12), então é maior do que qualquer lei. Jesus cumpriu a lei (Lucas 24.44), mas trouxe uma nova visão dos mandamentos exposta no sermão do monte (Mateus 5 e 6), além de mostrar o maior de todos os mandamentos que é o amor (João 13.34).

Se você está seguindo leis que muitas vezes são normas de homens, passe a seguir somente a Jesus “e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade” (Tito 1.14). Muitas igrejas sacrificam vidas por causa de normas humanas. Nenhum legalismo pode superar o amor de Jesus.

Jesus é maior que a lei!

3- Jesus é maior que BELZEBU = DEMÔNIOS: Mateus 12.24 e 28 “Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios”... “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós”

A terceira coisa considerada grande pelos judeus era o poder do mal. Mesmo que não admirassem o poder maligno, mesmo assim, se baseavam em ameaças de castigo espiritual quem desobedecesse a lei. Sentiam-se impotentes diante do inimigo. Temiam mais o demônio do que respeitavam a Deus. Consideravam o poder diabólico como opositor ao Divino, como se Deus tivesse que disputar com seu inimigo.

Satanás é a personificação de todo o mal. Esta foi a segunda vez que os fariseus acusaram Jesus de que “pelo maioral dos demônios é que expele os demônios” (Mateus 9.34). Belzebu era um nome grego para se referir ao termo hebraico Belial, originado do deus pagão Baal com sentido de confusão, maligno e profano [leia o estudo ‘Osfilhos de Belial’]. Este ser mitológico era considerado o maioral dos demônios, portanto a força desconhecida mais temida pelo povo. Se Jesus venceu a Belzebu, também derrotou todos os demônios.

Jesus libertou muitos endemoninhados. Os demônios sempre existiram e se manifestavam possuindo pessoas, contudo, diante da revelação do Filho de Deus foram desmascarados totalmente, pois “para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I João 3.8). Cristo foi tentado pelo diabo e venceu todas as artimanhas satânicas com seu poder (Mateus 4.1-11).

Não precisamos temer os demônios ou qualquer forma de mal ou perigo, pois Jesus sempre será maior que tudo isso. Se há algo maligno em sua vida, para ser liberto de todo mal é preciso confessar a Jesus como Senhor (I Coríntios 12.3).

Jesus é maior que os demônios!

4- Jesus é maior que JONAS = PROFETAS: Mateus 12.41 “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas”

A quarta coisa considerada grande pelos judeus eram os profetas. Dentre os vários profetas admirados pelo povo, a história de Jonas parece se destacar, visto que foi citado por Jesus 4 vezes (Mateus 12.39,40, 41 e 16.4). Embora tenha fugido de Deus, a ousadia de Jonas em pregar para um povo pagão, era motivo de orgulho para os judeus que se consideravam um povo superior aos outros.

João Batista era considerado um grande profeta para o povo, contudo Jesus disse que “eu tenho maior testemunho do que o de João” (João 5.36). Jesus também se revelou maior que os profetas ao anunciar que o último dos profetas, “entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mateus 11.11). O próprio João reconheceu isso dizendo “convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Cristo veio ao mundo cumprindo todas as profecias a seu respeito, mostrando sua superioridade a qualquer profeta, pois o objetivo destes era anunciar o Messias.

Muitos cristãos estão se tornando dependentes de profecias, querendo receber revelações de qual é a vontade de Deus para suas vidas. Contudo Jesus é a revelação máxima de Deus (Hebreus 1.1-3) e a Palavra de Deus também nos foi revelada para nos mostrar Cristo (João 5.39). Toda e qualquer profecia que não leve ao Senhorio de Jesus Cristo deve ser provada (I Coríntios 13.8).

Jesus é maior que o maior dos profetas!

5- Jesus é maior que SALOMÃO = REIS: Mateus 12.42 “A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão”

A quinta coisa grandiosa para o povo judeu era o reino de Israel. A dinastia de Davi era honrada e o auge de seu império foi durante o reinado de Salomão. Jesus mesmo falou da glória de Salomão (Mateus 6.29). Os judeus sonhavam com o retorno do reino de Davi através do surgimento de um Messias que fosse um governante justo, embora Cristo não fosse político, a sua glória é muito superior aos reinos deste mundo (João 18.36).

A sabedoria de Jesus é maior que de Salomão, por isso disse “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11.29). Jesus também anunciou um novo Reino, que não é humano, mas celestial e Divino (Mateus 3.2). Satanás tentou Jesus lhe oferecendo os “reinos do mundo” (Mateus 4.8), mas Cristo é o Criador de todas as coisas “todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.3).

Jesus nos ensinou a orar “venho o teu Reino” e declarar que “Teu é o Reino, o poder e a glória” (Mateus 6.10 e 13) reconhecendo o domínio de Deus em nossas vidas. Acima de qualquer autoridade, devemos ter Jesus como Senhor soberano sobre tudo.

Jesus é maior que os reinos do mundo!

Jesus é maior que tudo!

-CONCLUSÃO:
João 15.13 “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”

Jesus mostrou que é maior do que as 5 coisas consideradas maiores para os judeus, mostrando como os dedos da sua mão que “aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (João 10.29).

A superioridade de Jesus sobre a religião simbolizada pelo templo, sobre a lei memorizada pelo sábado, sobre o mal personificado nos demônios, sobre os profetas representado por Jonas e sobre os reinos do mundo idealizado por Salomão, mostram que não há limites para a grandeza infinita de Jesus.

Quanto a nós, não precisamos discutir quem é maior, mas seguir o exemplo humilde de Jesus (Lucas 22.26,27), sabendo que temos promessas de fazer obras maiores (João 14.12), mas sabendo que seremos perseguidos por isso (João 15.20).

Você não precisa ser maior que ninguém, apenas engrandeça a Jesus que só se colocou acima das pessoas quando estava pendurado na cruz. Quando surgir algo grande, nunca se esqueça que Jesus ainda é maior.

Nada supera a grandeza de Jesus!
Cido Silva terça-feira, fevereiro 17, 2015
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O sermão expositivo é o modo mais eficaz de pregação, porque, mais que todos os outros tipos de mensagens, ele, com o tempo, produz uma congregação cujo ensino é fundamentado na Bíblia. Ao expor uma passagem da sagrada Escritura, o ministro cumpre a função primária da pregação, a saber, interpretar a verdade bíblica (o que nem sempre se pode dizer dos outros tipos de sermões).

Sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto. A maior parte do material deste tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço consiste em uma série de idéias progressivas que giram em torno de uma idéia principal.

Examinando esta definição, notamos em primeiro lugar que o sermão expositivo baseia-se em uma "porção mais ou menos extensa da Escritura". A passagem pode consistir em uns poucos versículos ou pode incluir um capítulo inteiro ou até mesmo mais de um capítulo. Para o nosso objetivo, porém, usaremos na discussão toda do sermão expositivo um mínimo de quatro versículos, mas não estabeleceremos limites para o número máximo de versículos.

Talvez você seja o tipo de pessoa que leia a bíblia, que tem muita vontade de entender melhor as escrituras, mas ao ler algum artigo na internet ou assistir uma mensagem em um DVD ou ouvir o pregador na igreja percebe que há muitos detalhes que você ainda não tinha percebido ou entendido, o presbítero André Sanches preparou um material excelente pensando em pessoas como você, clique aqui para conhecer este material que vai mudar sua vida espiritual e a compreensão das escrituras sagradas

A definição também afirma que uma porção mais ou menos extensa da Escritura é interpretada "em relação a um tema ou assunto". O Dr. James M. Gray dá ao grupo de versículos que formam a base do sermão expositivo o título de "unidade expositiva". Mais especificamente, a unidade expositiva consiste em um número de versículos dos quais emerge uma idéia central. O sermão expositivo, portanto, como o sermão temático e o textual, gira em torno de um tema. Mas, na mensagem expositiva, esse tema é extraído de vários versículos em vez de um único ou até mesmo de dois.

A definição também afirma que "a maior parte do material do sermão provém diretamente da passagem". A mensagem expositiva apresenta não apenas as idéias principais da passagem; os detalhes também devem ser corretamente explicados e devem fornecer o material principal do sermão. Segue-se, portanto, que quando derivamos todas as subdivisões, bem como as divisões principais, do mesmo trecho bíblico, e quando todas estas divisões são corretamente expostas ou interpretadas, o esboço baseia-se, pois, diretamente na passagem escolhida.

Devemos ter em mente, no decorrer do sermão expositivo, o tema da passagem; e, à medida que desenvolvemos essa idéia principal, deve seguir-se no esboço uma série de idéias progressivas relacionadas com o tema. Isto, sem dúvida, ficará mais claro para o leitor ao observar ele os exemplos dados a partir de agora.

Uma parte importante de nossa definição não deve ser desprezada. Note novamente a primeira parte da definição: "sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da Escritura é interpretada". Examine com cuidado estas últimas palavras. Na exposição, cabe-nos esclarecer ou elucidar o significado do texto bíblico. É este o próprio gênio da pregação expositiva: tornar o significado das Escrituras claro e simples. Para tanto, precisamos estudar os detalhes até dominá-los (veja o capítulo 9). Lembremo-nos sempre, porém, de que a elucidação de uma passagem bíblica deve ter como objetivo relacionar o passado com o presente, ou mostrar que a verdade é aplicável aos dias de hoje.
1.2. Adoração através de nosso relacionamento exterior.

DIFERENÇA ENTRE O SERMÃO TEXTUAL E O EXPOSITIVO

É bom, a esta altura, que se compreenda claramente a diferença entre o sermão textual e o expositivo.

Já vimos que o sermão textual é aquele em que as divisões principais derivam de um texto constituído de uma breve porção bíblica, em geral um único versículo ou dois, ou às vezes até mesmo parte de um versículo. No caso do sermão expositivo, o texto pode ser uma porção mais ou menos extensa da Bíblia — às vezes um capítulo inteiro ou até mais — e as divisões provêm da passagem. Repito: na mensagem textual, as divisões oriundas do texto são usadas como uma linha de sugestão; isto é, indicam a tendência do pensamento a ser seguido no sermão, permitindo que o pregador tire as subdivisões ou idéias para o desenvolvimento do esboço de qualquer parte da Escritura, consoante ao desenvolvimento lógico dos pensamentos contidos nas divisões principais. O sermão expositivo, por outro lado, obriga o pregador a extrair todas as subdivisões, bem como as divisões principais, da mesma unidade bíblica que pretende expor. Desta maneira, o sermão todo consiste na exposição de certo trecho bíblico, e a passagem converte-se no pr
óprio tecido do discurso. Em outras palavras, o corpo de pensamento provém diretamente do texto, e o sermão passa a ser, definitivamente, interpretativo. Como afirmamos no capítulo 2, alguns textos, embora compreendam um único versículo ou dois, contêm tantos detalhes que podemos derivar da mesma passagem não apenas as divisões principais mas também as subdivisões. Quando assim se faz, o sermão textual é tratado expositivamente, e o discurso todo torna-se uma exposição do texto.
Como primeiro exemplo de um esboço de sermão expositivo usaremos Efésios 6:10-18. Para que o estudante siga o procedimento usado na elaboração do esboço, instamos a que primeiro leia a passagem várias vezes e a estude com cuidado antes de examinar o esboço dado adiante. Sugerimos também fazer o mesmo antes de cada um dos outros esboços.

Um exame, por breve que seja, de Efésios 6:10-18, nos levará a concluir que Paulo aqui trata da batalha espiritual do crente e procura apresentar as várias feições relacionadas a esse conflito, de modo que o filho de Deus possa tornar-se um guerreiro bem sucedido.

Se examinarmos a passagem com bastante atenção, veremos que nos versículos 10 a 13 o apóstolo anima o crente a ser corajoso e firme em face de inimigos espirituais avassaladores. Em outras palavras, Paulo refere-se, nestes versículos, à moral cristã. Os versículos 14 a 17 lidam com as diferentes partes da armadura que o Senhor providenciou para o santo em face de inimigos sobre-humanos. Concluímos, portanto, que esta seção pode ser descrita como a armadura do crente. Antes, porém, de terminar sua discussão dos aspectos envolvidos nesta guerra espiritual, o apóstolo acrescenta o versículo 18. Aqui ele diz ao crente vestido com a armadura de Deus que também deve entregar-se á oração incessante no Espírito e à intercessão constante por todos os santos. É óbvio, pois, que o aspecto final apresentado por Paulo, em conexão com o conflito espiritual, é a vida de oração do crente. Agora estamos prontos para elaborar Um esboço dos três aspectos principais discutidos pelo apóstolo em conexão com a guerra espiritual:

I. A moral do crente, v. 10-13.
II. A armadura do crente, v. 14-17.
III. A vida de oração do crente, v. 18.

Examinando mais atentamente os versículos 10 a 13, vemos que o grande apóstolo acentua, pelos menos dois aspectos da moral cristã. Para começar, ele insta a que o crente, no conflito espiritual, coloque sua confiança no Senhor e, tendo feito isso, permaneça firme (veja os versículos 11, 13 e 14a), não importa quão grandes e poderosos pareçam seus inimigos. No desenvolvimento do esboço expositivo podemos assim descobrir duas subdivisões sob a divisão principal da "Moral do crente". Primeira, a moral do crente deve ser elevada, e, segunda, deve ser firme.

Chegando à segunda seção da unidade expositiva, a saber, aos versículos 14 a 17, observamos que as diferentes partes da armadura do crente podem ser agrupadas em duas relações principais: as primeiras peças do equipamento constituem a armadura defensiva, e o último item da lista, a espada do espírito, a armadura ofensiva. A propósito, é interessante notar que a armadura não provê proteção alguma para as costas, pela razão óbvia de que o Senhor não tenciona que seus soldados jamais se virem e fujam no dia da batalha.

A seção final, versículo 18, também pode ser subdividida em duas partes. Atenção cuidadosa à primeira parte do versículo revela como a vida de oração do crente deve ser persistente, enquanto a segunda parte diz que todo esse esforço deve ser a favor de outros.

Feitas estas observações, estamos prontos para apresentar o esboço completo, com todas as subdivisões e divisões principais oriundas da mesma passagem. De acordo com a porção da Escritura a ser exposta, selecionamos como título do esboço, "A Boa Luta da Fé".

Título: "A Boa Luta da Fé"
Assunto: Aspectos relacionados com a guerra espiritual do crente
I - A moral do crente, v. 10-14a.
1. Deve ser elevada, v. 10.
2. Deve ser firme, v. 11 -14a.
II - A armadura do crente, v. 14-17.
1. Deve ter caráter defensivo, v. 14-1 7a.
2. Deve também ter caráter ofensivo, v. 17b.
III - A vida de oração do crente, v. 18.
Deve ser persistente, v. 18.
Deve ser intercessora, v. 18b.

Para que o sermão seja verdadeiramente expositivo, devemos interpretar ou explicar corretamente as subdivisões, bem como as divisões principais. Desta maneira o pregador cumpre o propósito da exposição, que é derivar da passagem a maior parte do material de seu sermão e expor seu conteúdo em relação a um único tema principal.

Selecionamos Êxodo 14:1-14 como segundo exemplo de um sermão expositivo. Não podemos, a esta altura, examinar todos os procedimentos exegéticos desta passagem, mas enquanto não os compreendermos, não estaremos preparados para empreender a elaboração de um sermão expositivo.

Entretanto, uma vez que tenhamos feito o exame cuidadoso e necessário do texto, estaremos prontos para construir um esboço da passagem bíblica. Escolhemos, como ponto principal de ênfase, as lições a serem tiradas do "Beco Sem Saída", pois é óbvio que, como o povo de Israel no mar Vermelho, às vezes também nos encontramos numa situação da qual não parece haver escape ou livramento. Com esta idéia em mente, extraímos várias lições ou verdades do texto, como segue:

"Beco Sem Saída" é o lugar a que às vezes Deus nos leva, v. 1-4a.
"Beco Sem Saída" é o lugar em que Deus nos prova, v. 4b-9.
"Beco Sem Saída" é o lugar em que às vezes falhamos com o Senhor, v. 10-12.
"Beco Sem Saída" é o lugar em que Deus nos ajuda, v. 13-14.

Para que o leitor veja como estas verdades foram derivadas do texto, deve voltar à passagem uma vez mais, e examinar o desenvolvimento do esboço ponto por ponto.

Êxodo 14:1-14 não apenas oferece quatro lições principais, mas também fornece todas as subdivisões para o esboço. O texto provê, assim, a maior parte do material necessário para o sermão.

Agora apresentamos o esboço de Êxodo 14:1-14, mostrando as subdivisões sob suas respectivas divisões principais:

Título: "Beco Sem Saída"
I. "Beco Sem Saída" é o lugar a que às vezes Deus nos leva, v. 1-4a.
1. Mediante ordem específica, v. 1-2.
2. Para, seus próprios propósitos,, v. 3-4a.
II. "Beco sem Saída" é o lugar em que Deus nos prova, v. 4b-9.
1. No caminho da obediência, v. 4b.
2. Permitindo que nos sobrevenham circunstâncias, difíceis w. 5-9.
III. "Beco Sem-Saída" é o lugar, em que às vezes falhamos com o Senhor, v. 10-12.
1. Por nossa falta/de ré^, v. 10.
2. Por nossas reclamações, v. 11-12.
IV. "Beco Sem Saída" é o lugar em que Deus nos ajuda, v. 13-14.
1. No momento certo, v. 13.
2. Tomando o controle v. 14.

Uma vez mais, aconselhamos que o aluno compare o esboço dado acima com o texto, e veja por si mesmo que as subdivisões, à semelhança das divisões principais, foram todas sugeridas pela passagem em questão.

Baseamos nosso terceiro exemplo de sermão expositivo em um esboço sobre Lucas 19:1-10. Depois de um estudo exegético da passagem, tratamos estes versículos tendo por tema a conquista de Zaqueu, um homem "perdido". Que diz esta passagem acerca de nosso assunto? Examinando-a cuidadosamente, descobrimos os seguintes fatos principais acerca da conquista de Zaqueu, o homem "perdido", os quais fornecem a análise da passagem.

I. Buscando a Zaqueu, v. 1-4.
II. Sendo amigo de Zaqueu, v. 8-10.
III. A salvação de Zaqueu, v. 8-10.

Examinamos a passagem mais cuidadosamente agora e consideramos o que o texto contém com respeito a estes pontos principais. O resultado de nosso estudo revela, sob a primeira divisão principal, dois aspectos em relação com a busca de Zaqueu:
1. A busca que Jesus fez para encontrar Zaqueu foi conduzida sem estardalhaço.
2. A visita de Cristo a Jericó estimulou o coração de Zaqueu a se interessar em vê-lo.

Na segunda divisão principal, vemos dois outros aspectos:
1. Jesus fez-se amigo de Zaqueu, o homem que não tinha amigos (veja v, 7), convidando-se a si mesmo para ir à sua casa.
2. O convite que Jesus fez a si mesmo para ir à casa de Zaqueu teve duplo efeito — um efeito feliz sobre Zaquel, mas um efeito desagradável sobre o povo de Jericó.

Sob a terceira divisão principal, encontramos os seguintes fatos:

1. A salvação de Zaqueu evidencia-se pela mudança extraordinária que lhe aconteceu imediatamente.
2. Cristo declara a salvação de Zaqueu em termos inconfundíveis.

A passagem deixa claro que Zaqueu, o pecador perdido, encontrou um amigo em Jesus ou, melhor ainda, Jesus o encontrou! Escolhemos, pois, para título da mensagem: "Conquistado Pelo Amor".

Agora estamos prontos para organizar nosso esboço:

Título: "Conquistado Pelo Amor"
I. Buscando a Zaqueu, v. 1-4.
1. Seu modo, v. 1.
2. Seu efeito, v. 2-4.
II. Sendo amigo de Zaqueu, w. 5-7.
1. Seu modo, v. 5.
2. Seus efeitos, v. 6-7. III. A salvação de Zaqueu, w. 8-10.
1. Sua evidência, v. 8.
2. Sua declaração, v. 9-10.

Examinando o esboço, vemos uma progressão natural de idéias, todas relacionadas com a conquista de Zaqueu, cujo clímax foi a salvação do chefe dos publicanos.
Cido Silva terça-feira, fevereiro 03, 2015
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Havia um pastor episcopal que era muito preguiçoso e há muito tempo já havia desistido de preparar os seus sermões. Sua congregação era de pessoas de pouco cultura, Ele tinha o dom da oratória, de modo que era muito fácil para ele pregar sem qualquer preparação. Além de preguiçoso, ele também era muito piedoso, de modo que racionalizava sua preguiça como muitas vezes os piedosos fazem. Ele fez um voto muito solene: jamais voltaria a preparar os seus sermões, falaria de improviso e confiaria que o Espírito Santo lhe daria o que falar. Por alguns meses, tudo correu muito bem.

Certo dia, faltando 10 minutos para as 11 horas, na manhã de domingo, um pouco antes de o culto começar, quem entra pela porta da igreja? O bispo. Era uma visita de surpresa. Ele sentou-se num dos bancos. O pastor ficou imaginando o que deveria fazer. Não havia preparado o seu sermão. Pensou que podia enganar a congregação, mas sabia que não conseguiria enganar o visitante. Ele foi até ao bispo, cumprimentou-o e lhe disse: “Acho que devo explicar-lhe uma coisa. Alguns anos atrás eu fiz um voto de que nunca iria preparar os meus sermões, mas confiaria no Espírito Santo”. “Está tudo bem”, disse o bispo, compreendendo muito bem a situação. O culto começou, mas, no meio do sermão, o bispo levantou-se e saiu. Quando o culto terminou, o pastor foi para o vestíbulo da igreja. Encontrou sobre a mesa um bilhete com a letra do bispo e nele estava escrito o seguinte: “Eu te absolvo do teu voto”.

Talvez você seja o tipo de pessoa que lê a bíblia, que tem muita vontade de entender melhor as escrituras, mas ao ler algum artigo na internet ou assistir uma mensagem em um DVD ou ouvir o pregador na igreja percebe que há muitos detalhes que você ainda não tinha percebido ou entendido, o presbítero André Sanches preparou um material excelente pensando em pessoas como você, clique aqui para conhecer este material que vai mudar sua vida espiritual e a compreensão das escrituras sagradas

Agora quero contar-lhes outra história, desta vez, de um pastor presbiteriano arrogante. Este pastor morava ao lado da igreja. Ele costumava vangloriar-se de que todo tempo que precisava para se preparar era o tempo que gastava para ir de casa à igreja. Você pode imaginar o que os presbíteros fizeram. Mudaram a casa para 8 km de distância. Assim, ele tinha mais tempo para preparar os sermões.

Agora, para os batistas eu queria citar o caso de Spurgeon ter como hábito vir ao púlpito despreparado. Dizer isso de Spurgeon seria um erro imperdoável!

Espero que concordem comigo que temos que preparar nossos sermões. Como fazer isto? É uma questão muito subjetiva. Não há maneira única de preparar sermões. Cada pastor tem que fabricar o seu próprio método. Seria um erro simplesmente copiar um do outro. No entanto, penso que a maioria passa por 5 estágios na preparação depois de ter escolhido o texto. É sobre esses que quero falar-lhes. Vamos partir do princípio de que você já tenha escolhido o texto.


1º. Estágio - Meditar sobre o texto

É necessário ler e reler o texto bíblico. Depois tem que lê-lo e relê-lo mais uma vez. É preciso fazê-lo girar em sua mente, vez após vez. É necessário ruminá-lo como o animal bovino rumina o capim. Sugá-lo como o beija-flor suga a flor. Chupá-lo como uma criança chupa uma laranja, até que não haja mais nada para tirar dela. É preciso preocupar-se com o texto como um cachorro preocupa-se com o seu osso. Essas são algumas metáforas que mostram como você pode envolver-se com o texto.

Talvez você esteja se perguntando: o que significa a palavra “meditar”? Acho que é uma combinação de estudo e oração. Gosto de passar o tempo de meditação ajoelhado, com a Bíblia aberta à minha frente, não porque eu adore a Bíblia, mas porque adoro o Deus da Bíblia. A posição de estar de joelhos é uma posição de humilde expectativa. À medida que eu estudo aquele texto, usando a mente que Deus me deu, estou clamando ao Espírito Santo por iluminação. Meditação é estudo regado com oração.

Conheço pastores que são grandes estudantes. Precisavam ver as suas bibliotecas. As paredes estão cobertas de livros. E sobre suas mesas há pilhas e pilhas de comentários, de dicionários e de chaves bíblicas. Parecem estar sempre afogados em livros. Eu admiro seu estudo, mas eles não oram muito.

Eu conheço pastores que cometem o erro oposto. São grandes homens de oração, mas não estudam muito. Vamos manter juntos estudo e oração. 2 Timóteo 2.7 é um grande texto. Nele, Paulo escreve: "Considera o que digo, porque Deus te dará compreensão em todas as coisas" . Nós fazemos a nossa parte, que é estudar ou considerar, e Deus dá o entendimento. Não devemos separar aquilo que Deus uniu.

Enquanto você medita, é bom fazer perguntas a si mesmo. Pergunte-se: “O que o texto quer dizer?”, “O que o texto diz?”. Primeiro, você estará tratando do significado do texto e, em segundo lugar, você estará tratando da mensagem do texto para o dia de hoje.

Precisamos perguntar-nos as duas coisas. Precisamos perguntá-las na hora certa. Muitos pastores estão tão ansiosos em conseguir uma mensagem para hoje, que não se disciplinam em descobrir o significado do texto, e não chegam a descobrir a sua mensagem para os dias de hoje. Precisamos manter os dois juntos, em equilíbrio.

Não posso falar agora sobre interpretação bíblica, mas quero dar-lhes um princípio básico. Foi enunciado por um homem chamado E.D. Hirsh. Seu livro é chamado "Validade na Interpretação". Nesse livro ele não trata apenas de intepretação bíblica.

Os princípios são os mesmos quando você interpreta qualquer documento. Pode ser um documento literário, um documento legal ou um documento bíblico. O grande princípio é o seguinte: O texto quer dizer aquilo que seu autor quis dizer. Portanto, a pergunta é: "O que o autor quis comunicar quando ele escreveu?".

Devemos pensar sobre as palavras e o que elas significaram quando ele as usou. Não podemos interpretar até ouvirmos o que o autor quis dizer com suas palavras. Eu lhes imploro que não omitam esse estágio da sua preparação. É uma disciplina essencial para cada um de nós. Mas também não podemos parar aí.

Uma vez entendido o significado do texto, vamos descobrir o que ele diz para nós hoje. Podemos pensar sobre as pessoas em nossa congregação e nos perguntar: "o que o texto tem a dizer para eles?". Nesses dois estágios não há qualquer substituto para o tempo.

Dê a si mesmo tempo para meditar. Não corra para pegar os comentários cedo demais. Faça a sua meditação própria, com a Bíblia aberta, de joelhos, usando
a iluminação do Espírito, usando a sua mente. Durante todo esse tempo vá escrevendo seus pensamentos. Não precisa haver uma ordem particular para isso. Qualquer pensamento que venha à sua mente é digno de ser escrito. Aqui chegamos, então, ao segundo estágio.

2º. Estágio - Isole o pensamento dominante

Todo texto tem um tema principal. Devemos meditar sobre ele até que esse princípio central surja. Qual é a ênfase principal da Palavra de Deus nesta passagem? O que Deus está dizendo neste texto? Nosso dever é meditar e orar para penetrarmos neste texto; até que nos submerjamos nele; até que ele passe a controlar a nossa mente e a colocar em fogo nosso coração; e até que nos tornemos servos do texto.

Alguns pregadores não são servos, mas senhores do texto. Eles torcem e manipulam o texto de modo a fazê-lo dizer o que eles querem. Temos que nos arrepender quando fazemos isso com a Palavra de Deus. Devemos permitir que a Palavra de Deus nos controle e não controlar a Palavra de Deus.

3º. Estágio - Prepare o material para ajudar o pensamento dominante

Há duas coisas que vão ajudar nisto. A primeira é negativa e a segunda positiva. Em primeiro lugar, seja impiedoso em rejeitar o que é irrelevante. O que temos diante de nós até agora é uma porção de idéias que, sem pensar, nós escrevemos e aqueles pensamentos dominantes que já deixamos bem claros. Temos agora que colocar em ordem todo esse material de modo que ele se subordine e siga o pensamento dominante.

Muitos de nós achamos essa tarefa muito difícil. Talvez tenhamos idéias cintilantes, talvez tivemos pensamentos abençoados que anotamos no papel e queremos arrastá-los para o sermão de qualquer maneira. Não o faça! Tenha a coragem de deixá-los de lado. Eles se tornarão úteis em alguma outra ocasião. Mas se eles agora não servem ao pensamento dominante, deixe-os fora. Isso exige grande determinação mental. Em segundo lugar, devemos subordinar o material de modo que ele sirva ao tema.Isso me leva a dizer algo sobre estrutura, palavras e ilustrações.

Todo sermão tem que ter uma estrutura. Muitos pregadores, é claro, têm três pontos. É possível ter apenas dois, ou quatro, ou até mesmo 5, como acontece comigo agora. Mas é impressionante a frequência com que nós voltamos aos três pontos. Há uma condição que é essencial para uma boa estrutura: Ela deve ser natural e não artificial.

Alguns de vocês já devem ter ouvido falar de Alexander Maclaren. Foi um grande pastor batista na lnglaterra, no século passado. Algumas de suas exposições da Bíblia ainda são impressas hoje. Ele era especialista nesta estrutura natural. Os amigos costumavam dizer que ele guardava algo em seu bolso. Era um pequeno martelo dourado. Com esse martelo dourado ele batia sobre o texto. À medida que ele batia sobre o texto, esse se abria nas suas divisões naturais. É disto que todos nós precisamos: de um martelinho dourado.

Mudando a metáfora, as divisões do texto têm que se abrir como as pétalas de uma rosa abrindo-se ao sol. É importante que dividamos a Palavra de Deus naturalmente, não impondo uma estrutura artificial sobre o texto.

As palavras também são extremamente importantes. Todos percebemos isso quando temos que mandar um telegrama. Temos apenas 12 ou 15 palavras e passamos muito tempo preparando a nossa mensagem de modo que nossas palavras não sejam mal entendidas.

Cremos que Deus Se deu ao mesmo trabalho. Creio na inspiração verbal da Bíblia, ou seja, que a inspiração se estendeu às mesmas palavras que Deus escreveu. Se as palavras foram tão importantes para Deus, tem que ser importantes para nós.

Não estou sugerindo aqui que leiamos os nossos sermões. Creio, porém, que é uma boa disciplina na nossa preparação, que escolhamos bem as palavras que vamos usar para expressar os nossos pensamentos. Além de exatas, as palavras têm que ser simples. Não tem sentido falar como se tivéssemos engolido um dicionário.

Sejamos simples no nosso palavreado e também vívidos, de modo que as palavras transmitam uma imagem mental às pessoas que estão ouvindo. Quero particularmente exortar os pregadores mais jovens a levarem bastante tempo escrevendo e preparando o sermão. Só depois de termos feito isso durante 5 ou 10 anos é que vamos aprender a colocar os nossos pensamentos em palavras claras.

Agora, as ilustrações. Eu sei que uma das minhas fraquezas na área da pregação é que não uso ilustrações suficientes. A mesma coisa acontece com meus livros. Depois que um dos meus livros havia sido publicado, um amigo me escreveu profundamente crítico quanto àquela obra contendo tão poucas ilustrações: "Seu livro é como uma casa sem janelas; é como um bolo sem frutas".

Achei que as observações do meu amigo foram muito rudes, mas, infelizmente, elas eram bem exatas. Por isso todos nós precisamos de ilustrações. Qual o propósito de uma ilustração? É tornar concreto o que é abstrato.

Alguns minutos atrás eu escrevia sobre meditação. “Meditação” é uma palavra abstrata. Muitas pessoas nem sabem o que é meditação, de modo que eu tentei torná-la uma palavra concreta. Eu lhes dei quatro imagens sob forma de palavras. Devemos ruminar o texto, como uma vaca rumina o capim. Penetrá-lo, como um beija-flor penetra a flor. Preocuparmo-nos com ele como o cachorro se preocupa com seu osso.

Passamos da vaca para o beija-flor, do beija-flor para a criança, da criança para o cachorro. Cada uma dessas coisas era uma imagem em sua mente. Eu usei essas ilustrações deliberadamente, a fim de transformar o que era abstrato em algo concreto.

Há um provérbio oriental que explica isso: “eloqüente é aquele que consegue transformar o ouvido em olho, de modo que os seus ouvidos possam ver aquilo que ele fala”. Portanto, temos que usar a nossa imaginação, para que as pessoas vejam o nosso pensamento.

John Stott
Cido Silva terça-feira, fevereiro 03, 2015
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II Reis 8.1-6
1 E FALOU Eliseu àquela mulher cujo filho ele ressuscitara, dizendo: Levanta-te e vai, tu e a tua família, e peregrina onde puderes peregrinar; porque o SENHOR chamou a fome, a qual também virá à terra por sete anos.
2 E levantou-se a mulher, e fez conforme a palavra do homem de Deus; porque foi ela com a sua família, e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.
3 E sucedeu que, ao fim dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus, e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
4 Ora o rei falava a Geazi, servo do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.
5 E sucedeu que, contando ele ao rei como ressuscitara a um morto, eis que a mulher cujo filho ressuscitara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras. Então disse Geazi: Ó rei meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho a quem Eliseu ressuscitou.
6 E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou. Então o rei lhe deu um oficial, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou a terra até agora.

-Introdução:
Às vezes não entendemos o propósito de Deus para nossas vidas. Mas quando vivemos a vontade do Senhor, recebemos sua provisão e sustento em cada momento.

A mulher citada neste texto é a mesma mulher que veio a ter seu filho como uma bênção de Deus em retribuição à sua fidelidade e prestatividade para com o profeta Eliseu (II Reis 4.8-37). Aquela mulher que já tinha visto o poder de Deus lhe dando um filho sendo que ela era estéril e depois tendo seu filho ressuscitado. Contudo, depois de um tempo de provação e seca parecia que o propósito de Deus para sua família havia findado.

Você tem recebido a provisão do Senhor?

Vamos aprender com a história desta mulher sobre como podemos buscar a provisão de Deus para nossas vidas:

1- Ouvir a voz de Deus: II Reis 8.1 "Levanta-te, vai com os de tua casa e mora onde puderes; porque o SENHOR chamou a fome, a qual virá sobre a terra por sete anos".
O profeta avisou que aconteceria uma grande fome naquele tempo. Este aviso tinha o propósito de livrar aquela família. A mulher saiu de sua casa a mando de Deus, então não havia o que temer , pois “certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3.7).

Deus sempre fala conosco. Nós é que às vezes não paramos para ouvir. Mas como ovelhas, devemos ouvir a voz do Bom Pastor (João 10.27). Obedecer a voz de Deus nem sempre é fácil principalmente quando o Senhor diz algo que não queremos. Contudo é preciso saber que a vontade de Deus é “boa, perfeita e agradável” (Romanos 12.2) e a vontade do homem nem sempre é boa, é imperfeita e às vezes desagradável.

Você tem ouvido a voz de Deus?

Preste atenção para ouvir a voz do Senhor!

2- Obedecer a Deus: II Reis 8.2 "Levantou-se a mulher e fez segundo a palavra do homem de Deus: saiu com os de sua casa e habitou por sete anos na terra dos filisteus".
A mulher obedeceu a Deus e foi para a terra dos Filisteus que era visinha de Israel. Os filisteus nunca foram amigos do povo de Deus e para ela não deve ter sido nada fácil ficar ali. Contudo se foi Deus que mandou, ali era o melhor lugar que ela poderia viver.

A palavra de Deus diz que “obedecer é melhor do que sacrificar” (I Samuel 15.22) e quantas vezes vemos pessoas que estão vivendo uma vida de sofrimento e estão sacrificando-se por não ter obedecido a Deus. A Palavra ensina a “confia no Senhor e faz o bem” (Salmos 37.3) então não adianta só confiar e continuar fazendo tudo errado.

Quando obedecemos a Deus não há o que temer porque Ele cuida de nós. A obediência é a condição para que Deus tenha liberdade de prover em nossas vidas. O Senhor só vai te sustentar de fato quando você realmente depender Dele.

Você tem obedecido a Deus?

Obedeça a Deus e Ele te sustentará!

3- Esperar em Deus: II Reis 8.3 "Ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras".
Somente quando terminaram os sete anos é que a mulher voltou para sua terra. Imagino que para isso ela deve ter contado exatamente o tempo.

Quando estamos esperando parece que o tempo demora passar. Mas no momento certo Deus intervém para agir e podemos declarar “esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Salmos 40.1).

Aguardar o tempo de Deus não é fácil porque vivemos em um tempo cronometrado, tudo é marcado e programado. Mas o tempo de Deus não é o cronos humano e sim o Kairós, tempo da eternidade.

Esperança é ter fé e ficar esperando. Quando temos fé devemos continuar crendo e esperar até acontecer o milagre de Deus em nossas vidas.

Você tem esperado em Deus?

Confie no Senhor e espera nele!

4- Deixar Deus agir: II Reis 8.4,5 "Contava ele ao rei como Eliseu restaurara à vida a um morto, quando a mulher cujo filho ele havia restaurado à vida clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este, o seu filho, a quem Eliseu restaurou à vida".
Quando a mulher voltou para sua terra e viu que suas terras e casa estavam ocupadas, foi ao rei para reivindicar de volta. Ela sabia que poderia ouvir um não do rei por ter abandonado seu povo. Mas ela chegou no palácio justamente no momento em que Geazi contava para o rei sobre a ressurreição de seu filho. Por isso o rei atendeu a mulher imediatamente.

A mulher chegou na hora certa no lugar certo. Coincidência? Não! É Jesuiscidência. Deus estava preparando aquilo tudo para engrandecer o Nome Dele. Quando Deus está à nossa frente tudo dá certo, “pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14).

Quantas vezes tentamos reivindicar direitos nossos e não conseguimos. Precisamos pedir a Deus a direção para não ir ao lugar errado na hora errada. Se você ama a Deus creia que Ele está dirigindo sua vida, porque “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). Então nunca tente fazer por si mesmo o que só Deus pode fazer por você.

Você tem deixado Deus agir em sua vida ou tem resolvido por si mesmo?

Coloque Deus à frente de sua vida e deixe-o agir por você!

Receba a provisão de Deus!

CONCLUSÃO:
II Reis 8.6 “Interrogou o rei a mulher, e ela lhe contou tudo. Então, o rei lhe deu um oficial, dizendo: Faze restituir-se-lhe tudo quanto era seu e todas as rendas do campo desde o dia em que deixou a terra até agora"

A mulher recebeu tudo o que tinha de volta com o lucro dos sete anos que nem teria lucro porque foi um tempo de fome. Isso é impressionante. O rei deve ter mandado calcular o quanto aquelas terras dariam de lucro em sete anos e ela recebeu tudo. A mulher deve ter ficado rica.

Deus tem um propósito para sua vida não importa o que esteja acontecendo. Como é bom saber disso! Mas para receber a provisão do Senhor é preciso ouvir a voz de Deus, obedecer, esperar no Senhor e Deixar Deus agir em sua vida.

Você tem dependido de Deus como seu provedor?

Deixe Deus ser o seu provedor e sustentador!
Cido Silva segunda-feira, dezembro 15, 2014
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Salmos 23
1 O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.

-Introdução:
Pense em um lugar lindo. Um local que já tenha ido, visto ou deseja estar. Qualquer lugar é abençoado com a presença de Deus. Mesmo assim o Senhor reserva lugares especiais para abençoar nossas vidas. Como um pastor que guia seu rebanho escolhendo as melhores passagens, assim o Senhor guia nossas vidas.

Davi faz uma visão geral de sua vida. Os lugares por onde passou. Desde o pasto onde esteve com as ovelhas, os vales que lutou como soldado, as mesas que sentou no palácio real até o altar de Deus onde adorava. Este salmo faz um percurso da vida de um servo de Deus.

Onde você tem passado?
Alguns locais e situações especiais que Deus prepara para nós:

1- Pastos verdejantes = VIDA ABUNDANTE: v.2
O pastor guia suas ovelhas para dar alimento e saciar sua sede. A paisagem é bela e cheia de paz.

Os pastos verdejantes, onde o SENHOR nos sacia com águas tranquilas é o lugar onde recebemos a vida abundante oferecida por Jesus (João 10.10). Quando entendemos que Deus é o nosso Pastor e cuidador de nossas vidas, ficamos tranquilos e confiantes de que tudo coopera para o nosso bem (Romanos 8.37). Em Cristo temos o sustento e bebemos das fontes de água da vida que nos satisfaz para sempre (João 6.14).

Deus tem um lugar Abundante para você!

2- Veredas da justiça = REALIZAÇÃO: v.3
Quando o rebanho precisa ser levado para outro lugar, então é conduzido pelo pastor que vai a frente. Todas as ovelhas seguem confiantes de que estão indo para o lugar certo. Elas precisam estar sempre juntas para não se desviar. Se uma ovelha se perder, a caminhada é interrompida até que seja encontrada.

As injustiças fazem parte deste mundo por causa do pecado, mas através do AMOR e também do NOME de Jesus, podemos confiar na justiça divina. Quando pensamos nas injustiças, ficamos revoltados e sem forças. Mas quando abandonamos a justiça humana, que é falha e passamos a confiar em Deus, então aprendemos a suportar muitas coisas por amor e saber esperar em Deus, que é justo, clamando sempre o nome de Jesus. O caminho da justiça é a certeza de que estamos indo na direção correta.

Deus prepara um lugar de Realização para sua vida!

3- Vale da sombra da morte = LIVRAMENTOS: v.4
Em algumas situações o pastor precisa passar com o rebanho por lugares difíceis onde não há muita visibilidade e o caminho é apertado. Mesmo assim as ovelhas seguem confiantes de que logo chegarão ao destino seguro.

Os livramentos que recebemos de Deus são provas do amor e do poder do Senhor em nossas vidas. Embora seja muito difícil quando passamos por provações, nestes momentos é que temos oportunidade de conhecer mais a Deus e ser aprovados (Tiago 1.2). Deus usa sua VARA para nos corrigir quando estamos errados e usa seu CAJADO par nos regatar e trazer para mais perto de si (Hebreus 12.7). É no meio do vale escuro e profundo que olhamos para cima e somos iluminados por Jesus. Quando confiamos em Jesus, até no vale somos abençoados e testemunhamos o seu poder. O mais importante é que a presença de Deus está conosco, por isso não precisamos ter medo.

O Senhor te dá Livramento quando passa por lutas!

4- A mesa do banquete = VITÓRIA: v.5
Após a dolorosa passagem pelo vale chega a recompensa. As ovelhas recebem alimento novo. As que se feriram no caminho, são tratadas com óleo da unção. Embora os lobos e chacais fiquem de longe olhando, nada podem fazer porque as ovelhas estão protegidas.

Sempre após passar por vales sombrios Deus nos espera chegarmos aprovados para nos receber com uma mesa de banquete. Até os filhos pródigos que não conseguiram fazer seus prodígios tão sonhados, também são acolhidos com um banquete do Pai (Lucas 15.23). Diante da mesa do banquete, os nossos adversários são apenas espectadores e nada podem fazer. Agora é o momento de beber do CÁLICE da bênção que é a nossa comunhão com Deus (I Coríntios 10.16). Também recebemos a UNÇÃO que nos capacita a vencer.

Deus faz um banquete para celebrar sua Vitória!

5- A casa do Senhor = ADORAÇÃO: v.6
Por tantos lugares que o rebanho passou agora chegam ao fim de uma jornada. O aprisco é o lugar onde as ovelhas são guardadas e ali também ora o pastor. Estar ali é ter total segurança.

Na continuação desta caminhada somos seguidos pela BONDADE e pela MISERICÓRDIA de Deus que nos ajudaram até então. O destino é alcançarmos a Casa de Deus que se torna o lugar definitivo 'para sempre'. Deus quer habitar em nós e que vivamos em sua presença (I Coríntios 3.16).

Seu lugar é na casa de Deus!

Deus está contigo em todo lugar!

-CONCLUSÃO:
Na caminhada de um rebanho, as ovelhas recebem o sustento, são guiadas em justiça e embora passem por dificuldades, vencem tudo com ajuda de seu Pastor. Depois recebem um banquete até chegar à casa de Deus.

Em cada lugar que você estiver se torna especial com a presença do Senhor que prometeu “eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20). Por mais difícil que seja a caminhada, continue sob o pastoreio de Jesus e no fim tudo será bom. Se você é uma ovelha, não tem o que temer.
Cido Silva segunda-feira, dezembro 15, 2014
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Introdução:
Nas listas de ‘top 10’ são apresentados os maiores ou melhores de uma categoria. Os resultados são colhidos na opinião pública, tendo consenso da unanimidade.

No tempo de Jesus na terra, também havia listas dos grandes nomes no meio de seu povo. Esta discussão parece se destacar no capítulo 12 de Mateus e Jesus deu respostas que mexeram com os conceitos de grandeza do judaísmo. Se a preocupação do povo era seguir o ensino de alguém grande, então estavam diante do maior personagem que a história já conheceu.

Jesus é o maioral em sua vida?

Vamos refletir sobre os textos onde Jesus diz que é maior:
1- Jesus é maior que o TEMPLO = RELIGIÃO: Mateus 12.6 “aqui está quem é maior que o templo”
A primeira coisa considerada grande para o povo era o templo, símbolo de sua religião. Olhando a grandeza do templo e a pequenez do legalismo dos fariseus, Jesus afirmou ser maior que o templo. Para o povo da época, não havia nada maior e mais glorioso que o templo. Contudo Jesus mostrou ser maior que sua religiosidade.

A mente do povo estava tão presa ao seu passado que não concebiam a hipótese de surgir alguém maior que seus patriarcas. Por isso a mulher samaritana perguntou se Jesus era maior que Jacó (João 4.12), mas reconheceu a grandeza do Mestre. O povo no templo lhe perguntaram se era maior que Abraão (João 8.53) ficando irados com a resposta positiva ao ponto de quererem apedrejá-Lo (João 8.58,59),

Nenhuma religião é capaz de conter a grandeza de Deus em si mesma. Deus sempre vai superar a religiosidade humana. Nem a teologia é capaz de explicar com exatidão quem é Deus porque o Senhor sempre será maior que todas as palavras. Nenhum templo ou ritual é capaz de conter o significado infinito do Todo Poderoso.

Não adianta discutir doutrinas e costumes denominacionais, pois Jesus é maior que tudo isso, até mesmo que a nossa própria razão quando estamos corretos. Então deixe a religiosidade para seguir a Jesus.
Jesus é maior que a religiosidade!

2- Jesus é maior que o SÁBADO = LEI: Mateus 12.8 “Porque o Filho do Homem é senhor do sábado”
A segunda coisa grandiosa para o povo era o descanso em dia de sábado, que representava o cumprimento da lei. . Jesus mostrou para os fariseus que estavam “negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens” (Marcos 7.8). Jesus foi criticado por deixar seus discípulos colherem espigas para matar sua fome em dia de sábado (Mateus 12.1), tamanho era o legalismo dos fariseus que impediam as pessoas até de se alimentar ou praticar boas obras.

A lei de Moisés para os judeus era irrevogável, “Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés” (Hebreus 3.3). Por isso Jesus declarou ser maior que o sábado, ou como descreveu o evangelista Marcos, “também do sábado” (Marcos 2.28), mostrando que na verdade é Senhor de todas as coisas.

Jesus é o Rei dos reis e “um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar” (Tiago 4.12), então é maior do que qualquer lei. Jesus cumpriu a lei (Lucas 24.44), mas trouxe uma nova visão dos mandamentos exposta no sermão do monte (Mateus 5 e 6), além de mostrar o maior de todos os mandamentos que é o amor (João 13.34).

Se você está seguindo leis que muitas vezes são normas de homens, passe a seguir somente a Jesus “e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade” (Tito 1.14). Muitas igrejas sacrificam vidas por causa de normas humanas. Nenhum legalismo pode superar o amor de Jesus.
Jesus é maior que a lei!

3- Jesus é maior que BELZEBU= DEMÔNIOS: Mateus 12.24 e 28 “Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios”... “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós”

A terceira coisa considerada grande pelos judeus era o poder do mal. Mesmo que não admirassem o poder maligno, mesmo assim, se baseavam em ameaças de castigo espiritual quem desobedecesse a lei. Sentiam-se impotentes diante do inimigo. Temiam mais o demônio do que respeitavam a Deus. Consideravam o poder diabólico como opositor ao Divino, como se Deus tivesse que disputar com seu inimigo.

Satanás é a personificação de todo o mal. Esta foi a segunda vez que os fariseus acusaram Jesus de que “pelo maioral dos demônios é que expele os demônios” (Mateus 9.34). Belzebu era um nome grego para se referir ao termo hebraico Belial, originado do deus pagão Baal com sentido de confusão, maligno e profano [leia o estudo ‘Osfilhos de Belial’]. Este ser mitológico era considerado o maioral dos demônios, portanto a força desconhecida mais temida pelo povo. Se

Jesus venceu a Belzebu, também derrotou todos os demônios.

Jesus libertou muitos endemoniados. Os demônios sempre existiram e se manifestavam possuindo pessoas, contudo, diante da revelação do Filho de Deus foram desmascarados totalmente, pois “para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I João 3.8). Cristo foi tentado pelo diabo e venceu todas as artimanhas satânicas com seu poder (Mateus 4.1-11).

Não precisamos temer os demônios ou qualquer forma de mal ou perigo, pois Jesus sempre será maior que tudo isso. Se há algo maligno em sua vida, para ser liberto de todo mal é preciso confessar a Jesus como Senhor (I Coríntios 12.3).
Jesus é maior que os demônios!

4- Jesus é maior que JONAS = PROFETAS: Mateus 12.41 “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas”

A quarta coisa considerada grande pelos judeus eram os profetas. Dentre os vários profetas admirados pelo povo, a história de Jonas parece se destacar, visto que foi citado por Jesus 4 vezes (Mateus 12.39,40, 41 e 16.4). Embora tenha fugido de Deus, a ousadia de Jonas em pregar para um povo pagão, era motivo de orgulho para os judeus que se consideravam um povo superior aos outros.

João Batista era considerado um grande profeta para o povo, contudo Jesus disse que “eu tenho maior testemunho do que o de João” (João 5.36). Jesus também se revelou maior que os profetas ao anunciar que o último dos profetas, “entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mateus 11.11). O próprio João reconheceu isso dizendo “convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Cristo veio ao mundo cumprindo todas as profecias a seu respeito, mostrando sua superioridade a qualquer profeta, pois o objetivo destes era anunciar o Messias.

Muitos cristãos estão se tornando dependentes de profecias, querendo receber revelações de qual é a vontade de Deus para suas vidas. Contudo Jesus é a revelação máxima de Deus (Hebreus 1.1-3) e a Palavra de Deus também nos foi revelada para nos mostrar Cristo (João 5.39). Toda e qualquer profecia que não leve ao Senhorio de Jesus Cristo deve ser provada (I Coríntios 13.8).
Jesus é maior que o maior dos profetas!

5- Jesus é maior que SALOMÃO = REIS: Mateus 12.42 “A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão”

A quinta coisa grandiosa para o povo judeu era o reino de Israel. A dinastia de Davi era honrada e o auge de seu império foi durante o reinado de Salomão. Jesus mesmo falou da glória de Salomão (Mateus 6.29). Os judeus sonhavam com o retorno do reino de Davi através do surgimento de um Messias que fosse um governante justo, embora Cristo não fosse político, a sua glória é muito superior aos reinos deste mundo (João 18.36).

A sabedoria de Jesus é maior que de Salomão, por isso disse “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11.29). Jesus também anunciou um novo Reino, que não é humano, mas celestial e Divino (Mateus 3.2). Satanás tentou Jesus lhe oferecendo os “reinos do mundo” (Mateus 4.8), mas Cristo é o Criador de todas as coisas “todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.3).

Jesus nos ensinou a orar “venho o teu Reino” e declarar que “Teu é o Reino, o poder e a glória” (Mateus 6.10 e 13) reconhecendo o domínio de Deus em nossas vidas. Acima de qualquer autoridade, devemos ter Jesus como Senhor soberano sobre tudo.
Jesus é maior que os reinos do mundo!

Jesus é maior que tudo!

CONCLUSÃO:
João 15.13 “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”

Jesus mostrou que é maior do que as 5 coisas consideradas maiores para os judeus, mostrando como os dedos da sua mão que “aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (João 10.29).

A superioridade de Jesus sobre a religião simbolizada pelo templo, sobre a lei memorizada pelo sábado, sobre o mal personificado nos demônios, sobre os profetas representado por Jonas e sobre os reinos do mundo idealizado por Salomão, mostram que não há limites para a grandeza infinita de Jesus.

Quanto a nós, não precisamos discutir quem é maior, mas seguir o exemplo humilde de Jesus (Lucas 22.26,27), sabendo que temos promessas de fazer obras maiores (João 14.12), mas sabendo que seremos perseguidos por isso (João 15.20).

Você não precisa ser maior que ninguém, apenas engrandeça a Jesus que só se colocou acima das pessoas quando estava pendurado na cruz. Quando surgir algo grande, nunca se esqueça que Jesus ainda é maior.
Nada supera a grandeza de Jesus!

Pr. Welfany Nolasco Rodrigues
Cido Silva quinta-feira, novembro 06, 2014
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01- Transformação de Água em Vinho
João 2.1-11

02 - Cura do filho do Oficial
João 4.46-54

03 - Cura do paralítico de Betesda
João 5.1-9

04 - Primeira Pesca
Lucas 5.1-11

05 - Libertação do Endemoninhado
Marcos 1.23-28; Lucas 4.31-36

06 - Cura da sogra de Pedro
Mateus 8.14,15; Marcos 1.29-31; Lucas 4.38,39

07 - Purificação do leproso
Mateus 8.2-4; Marcos 1.40-45; Lucas 5.12-16

08 - Cura do paralítico
Mateus 9.2-8; Marcos 2.3-12; Lucas 5.18-26

09 - Cura da mão ressequida
Mateus 12.9-13; Marcos 3.1-5; Lucas 6.6-10

10 - Cura do criado do centurião
Mateus 8.5-13; Lucas 7.1-10

11 - Ressurreição do filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-15

12 - Cura de um endemoninhado mudo
Mateus 12.22 e Lucas 11.14

13 - Acalma a tempestade
Mateus 8.18,23-27; Marcos 4.35-41; Lucas 8.22-25

14 - Cura do endemoninhado geraseno
Mateus 8.28-33; Marcos 5.1-14; Lucas 8.26-39

15 - Cura da mulher enferma
Mateus 9.20-22; Marcos 5.25-34; Lucas 8.43-48

16 - Ressurreição da filha de Jairo
Mateus 9.18, 23-26; Marcos 5.22-24, 35-43; Lucas 8.41,42,49-56

17 - Cura de dois cegos
Mateus 9.27-31

18 - Cura do mudo endemoninhado
Mateus 9.32,33

19 - Primeira multiplicação de pães
Mateus 14.14-21; Marcos 6.34-44; Lucas 9.12-17; João 6.5-13

20 - Anda sobre as águas
Mateus 14.24-33; Marcos 6.45-52; João 6.16-21

21 - Cura da filha da Cananéia
Mateus 15.21-28; Marcos 7.24-30

22 - Cura de um surdo e gago
Marcos 7.31-37

23 - Segunda multiplicação de pães
Mateus 15.32-39; Marcos 8.1-9

24 - Cura do cego de Betsaida
Marcos 8.22-26

25 - Cura do jovem possesso
Mateus 17.14-18; Marcos 9.14-29; Lucas 9.38-42

26 - Pagamento do Imposto
Mateus 17.24-27

27 - Cura de um cego
João 9.1-7

28 - Cura de uma mulher enferma
Lucas 13.10-17

29 - Cura de um hidrópico (Acumulação anormal de líquido seroso em tecidos ou em cavidade do corpo)
Lucas 14.1-6

30 - Ressurreição de Lázaro
João 11.17-44

31 - Cura dos leprosos
Lucas 17.11-19

32 - Cura do cego Bartimeu
Mateus 20.29-34; Marcos 10.46-52; Lucas 18.35-43

33 - A figueira é amaldiçoada
Mateus 21.18,19; Marcos 11.12-14

34 - Restauração da orelha de Malco
Lucas 22.49-51; João 18.10

35 - Segunda grande pesca
João 21.1-11
Cido Silva quarta-feira, novembro 05, 2014
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-Introdução:
Atalaia é um vigilante e sua função é vigiar e avisar do perigo. A sua responsabilidade é muito grande e não pode dormir. Deve ficar de sentinela e a qualquer sinal de perigo se põe em alerta tomando as devidas providências. Neste contexto Ezequiel estava cativo na Babilônia e naquele tempo as cidades tinham muralhas com torres onde fitavam os seus vigias, chamados de atalaias.

Os atalaias geralmente moravam em casas anexas aos muros da cidade, trabalhavam em turnos e vigiavam dia e noite. Quando via qualquer sinal de perigo ou movimento estranho, ficava atento e assim que percebia ser um inimigo, o atalaia tocava a trombeta e anunciava o perigo para que se fechassem as portas da cidade e o povo se armasse se colocando em posição de ataque.

Deus chamou Ezequiel de atalaia porque era um profeta. Como cristãos também somos atalaias porque estamos sobre urna torre forte que é o Senhor (Provérbios 18.10) e temos que vigiar o tempo todo (Mateus 24.42) para anunciar ao mundo que o inimigo se aproxima e declarar guerra contra o pecado.

Você se mantém vigilante?

Vejamos então alguns pontos sobre o atalaia:

1- Os OUVIDOS do Atalaia:
O atalaia ouve a voz de Deus. Sua obrigação é anunciar o perigo porque está num lugar alto e de privilégio, mas não tem que falar de algo que não viu nem ouviu.
Devemos falar o que o Senhor nos mostrou ou falou:
Ezequiel 3.16b “Veio a mim a Palavra do Senhor dizendo”
Ezequiel 3.22b “e Ele me disse”
Ezequiel 3.27 “Quando eu falar contigo”
Ezequiel 33.7 “Ouvirás a Palavra da minha boca”
Deus fala com o seu atalaia para que ele tenha o que dizer, orientando o povo quanto ao perigo.
Ezequiel 3.22b “Levanta-te sai ao vale e eis que ali eu falarei contigo”
Ezequiel 3.23a “Então me levantei e sai ao vale e eis que a glória do Senhor estava ali”
Ezequiel 3.24a “Então entrou em mim o Espírito e me pés em pé; e falou comigo”
Quando Ezequiel foi ao local em que Deus marcou com ele, Deus já estava à sua espera. Porque Deus anseia em se encontrar conosco. Devemos estar onde o Senhor quer que estejamos para falar conosco: a presença Dele. Quando confessamos a Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor, temos o Espírito Santo (I Coríntios 12.3) e se temos o Espirito ouvimos a voz de Deus porque Ele fala em nós.
Atalaia: ouça a voz de Deus!

2- Os PÉS do Atalaia:
O Atalaia deve estar de pé e posicionado vigilantemente fazendo a ronda. Deus nos protege com sua mão porque somos seus atalaias e Ele nos manda nos levantarmos e nos dispormos para vigiar e ouvir sua voz.
Ezequiel 33.7 “A ti ó filho do homem, te constitui por atalaia sobre a casa de Israel”
Ezequiel 33.22a “a mão do Senhor estava sobre mim, e Ele me disse: levanta-te”
Ezequiel 33.4a “Então entrou em mim o Espirito, e me pôs em pé, e falou comigo”
O Espirito Santo é que entra em nós e nos levanta e fala conosco. O Senhor pode estar te enchendo do seu Espírito e te levantando para que você seja alguém que ouve a voz de Deus.
Atalaia: permanece de pé na presença de Deus!

3- A BOCA do Atalaia:
Dar o aviso é uma questão de vida ou morte tanto para quem ouve como para quem fala (Ezequiel 33.4-6). A mensagem, pregação é chamada de aviso (7 vezes) isso porque Deus sempre envia a palavra antes. Um aviso é uma noticia de algo que ainda vai acontecer. Deus sempre nos prepara para as lutas. O atalaia tem que dar o aviso o mais rápido possível e não pode dar tempo ao inimigo de se aproximar. Quanto antes avisar mais dá para preparar e se defender.
Quando o atalaia não toca a trombeta avisando, ele é morto ou pelos inimigos que ajudou ou pelos amigos que traiu. Mas se avisar, pelo menos foi justo, cumpriu a sua tarefa e não tem culpa se alguém não se preparou.
Ezequiel 3.17c “avisá-las-á da minha parte”
Ezequiel 3.27b “assim diz o Senhor”
Nós falamos o que Deus disse e Ele fala através de nós. E não temos que arranjar o que falar, nossa única obrigação é repetir tudo o que vimos e ouvimos de Deus. Toda vez que entregava uma mensagem, Ezequiel dizia “veio a mim a palavra do Senhor dizendo” (Ezequiel 3.16) e começa a dizer o que Deus falou. O nosso dever é esse, dizer que foi Deus quem nos falou e já começar a falar as palavras de Deus. A boca do Atalaia faz o eco da voz de Deus na terra.
Atalaia: fale as palavras de Deus!

4- Os OLHOS do Atalaia:
O atalaia tem uma visão privilegiada e sempre está atento. Mas se as pessoas não acreditaram no que o atalaia diz ter visto, a culpa não será do atalaia e sim de quem não aceitou o aviso. Da mesma forma o cristão é atalaia porque se assenta nos lugares celestiais (Efésios 2.6) e tem uma visão espiritual que o mundo não tem.
Ezequiel 3.19 “se avisares o perverso, e ele não se converter da sua maldade e do seu caminho perverso, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu salvaste a tua alma”
Ezequiel 3.21 “se tu avisares o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente, viverá, porque foi avisado; e tu salvaste a tua alma”
Se falarmos e a pessoa se converter do seu pecado, a sua alma é salva e nós não somos castigados. Não precisamos nos preocupar, com os resultados porque o Espírito Santo é que convencerá a pessoa do pecado (João 16.8) temos que fazer a nossa parte e Deus fará o resto. Muitas pessoas estão nas trevas e não conseguem ver espiritualmente (I Coríntios 2.14).
Atalaia: veja com olhos espirituais!

5- O SANGUE do Atalaia:
Deus nos cobra o sangue da pessoa que precisa ouvir. Muitas vezes o Senhor nos dá uma palavra que é uma mensagem evangelística e nós temos a responsabilidade de entregar este recado de Deus porque se não o ímpio morre no pecado e n6s somos os culpados por não avisá-lo. Deus nos cobrará cada palavra que nos deu se não entregamos, e seremos castigados por isso.
Ezequiel 3.18 “quando eu disser ao ímpio”
Ezequiel 3.18 “o seu sangue, da tua mão o requererei”
Ezequiel 33.8 “se não o avisares”
Também para os justos, Deus nos dá uma palavra de edificação e exortação quando vemos que o pecado está se aproximando dele. E a justiça da pessoa não a salvará se ela cair em pecado (Romanos 6.23).
Ezequiel 3.20 “não serão lembradas as suas ações de justiça que tiver praticado”
Ezequiel 3.20c “no seu pecado morrer”
Ezequiel 3.18c “aquele ímpio morrerá”
Nós temos a responsabilidade sobre a palavra que não entregamos e o sangue da vítima nos será cobrado. Se avisarmos o ímpio e ele não se converter do seu mau caminho, ele morrerá. Mas não temos mais responsabilidade sobre a palavra nem sobre a pessoa depois que avisamos e este tem que se responsabilizar pelo pecado, pois já sabe da verdade.
Atalaia: o sangue de inocentes será cobrado!

O Atalaia ouve a voz de Deus, vê o que Deus mostra e fala as palavras de Deus!

-CONCLUSÃO:
Deus nos chama, nos fala e nos levanta para sermos seus Atalaias. Nossa tarefa é abrir os olhos para ver e os lábios para anunciar a mensagem do Senhor. Transferimos responsabilidade sobre a Palavra ao entregá-la.
O Senhor tem falado conosco e nos chamado para vigiar, sermos Atalaias e tocarmos a trombeta avisando quando o pecado vem, quando o diabo se aproxima, para que o povo possa se armar com a armadura do Senhor e fechar as portas para o adversário.

Atalaia: Toque a trombeta e anuncie guerra contra o pecado!
Cido Silva segunda-feira, outubro 13, 2014
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Gênesis 32.22-32

Introdução:
Tanto Jaboque como Peniel são os nomes de um mesmo lugar antes e depois. Refere-se a um ribeirão afluente do rio Jordão em Israel. O texto cita especificamente um vau, que é uma parte mais rasa e espaçosa do rio que serve para passagem a pé.

A vida de Jacó foi totalmente transformada depois que atravessou o vau de Jaboque, lugar que posteriormente chamou de Peniel. Este lugar foi o cenário de uma linda história de transformação de vida. Jacó vinha de um tempo de luta e desejava recomeçar sua vida quando atravessou o vau daquele rio.

Existem ‘passagens’ em nossas vidas que servem para transformação de nosso ser. Talvez você esteja passando por um momento assim, tudo parece raso e largo, mas na verdade você está lutando consigo mesmo, com seu próximo e com Deus.

Você está passando por lutas?

Vamos refletir na luta que Jacó travou e a mudança em sua vida:

1- JABOQUE > o Confronto com Deus: v.22-25

O nome Jaboque significa espalhar ou murmurar[1]. Também representa um lugar de passagem conhecido como ‘vau’ no rio Jaboque.

Tudo estava sob controle para Jacó. Escolheu um lugar seguro para transpor o rio e colocou sua família passando na sua frente com todos os seus pertences (Gênesis 32.22,23). Tinha um plano ‘b’ caso não conseguisse o que queria (Gênesis 32.8). Mas quando pensava que tudo estava tranquilo precisou passar por uma grande batalha.

Jacó passava por três tipos de confrontos no vau de Jaboque:
-Confronto consigo mesmo: antes de passar o ribeiro fez uma oração reconhecendo seus erros (Gênesis 32.9-12).
-Confronto com o próximo: Jacó deixou seu sogro Labão (Gênesis 31.43-55) e agora se preparava para rever seu irmão Esaú (Gênesis 32.3-8).
-Confronto com Deus: Quando ficou sozinho no vau de Jaboque, um anjo lutou com Jacó que ficou mancando para que se lembrasse de suas fraquezas e que não pode vencer a Deus (Gênesis 32.24-25).

Quantas vezes fazemos como Jacó e colocamos tudo à nossa frente, família, bens e achamos que está tudo sob controle, que está raso e não teremos problemas na passagem. Mesmo assim conseguimos espalhar tudo e murmurar da vida. Quando lutamos conosco mesmos, sofremos. Ao lutar com o próximo, ferimos pessoas. Mas quando lutamos com Deus somos marcados por Ele para sempre.

Quando estamos sozinhos muitas vezes lutamos conosco mesmos e com Deus. Muitas de nossas lutas e reclamações com as pessoas representam a mudança que precisamos viver em nossa vida. A fonte desta insatisfação é a necessidade de um encontro com Deus. Existem momentos que Deus nos cerca e chega a hora de resolver nossos conflitos.

Você está sendo confrontado?

Pare de reclamar!

2- PENIEL > o Encontro com Deus: v.26-32

Peniel significa ‘a face de Deus’ (Gênesis 32.30) porque foi ali que Jacó teve seu encontro com Deus. Aquele lugar que parecia raso e aberto se encheu com a presença do Senhor. Jacó foi persistente e não aceitou sair dali sem a bênção de Deus (v.26).

Na luta com Deus, quando o homem pensa que ganha, na verdade está perdendo e quando se rende, alcança a vitória (Marcos 8.35).

Jacó teve três tipos de encontros em Peniel:
-Encontro consigo mesmo: quando o anjo lhe perguntou seu nome, disse Jacó, reconhecendo que era enganador e ‘aquele que segura pelo calcanhar’ (v.27).
-Encontro com o próximo: logo ali do outro lado do vau se encontrou com seu irmão Esaú e reconheceu a presença de Deus na vida de seu irmão (Gênesis 33.10).
-Encontro com Deus: Jacó recebeu a bênção que pediu e um novo nome, passando a chamar-se Israel que significa ‘príncipe de Deus’ (v.28). Quando perguntou o nome do anjo, este não quis responder porque não deveria haver dúvida da presença de Deus (v. 29,30).

A vida de Jacó foi transformada, por isso recebeu um novo nome e também quis mudar o nome daquele vau de Jaboque para Peniel, pois não iria mais murmurar e sim buscar a face de Deus. Por isso conseguiu olhar para seu irmão e dizer que “vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus” (Gênesis 33.10). Agora Jacó enxergava a presença de Deus estava em todos os lugares, pessoas e na sua própria vida.

Em nossas vidas muitas vezes queremos resolver os problemas com as pessoas do nosso jeito, mas antes de tudo precisamos ter um encontro com Deus e passar por uma transformação. Por isso as pessoas mudam de lugar, de emprego, de amigos e relacionamentos e os mesmos problemas se repetem. Antes de as coisas mudarem do lado de fora é preciso que haja mudança dentro de nós.

Há quanto tempo você tem lutado?

Busque a face de Deus!

Deus quer mudar sua vida!

-CONCLUSÃO:

Podemos dividir este rio dando estes nomes às duas margens. A margem anterior à travessia, chamamos de Jaboque e a margem depois da mudança na vida de Jacó podemos dizer que é Peniel, porque foi do outro lado do rio que Jacó deu este nome.

De que lado do rio você está? Do lado de Jaboque, murmurando e confrontando tudo e todos ou do lado de Peniel buscando um encontro para contemplar a face de Deus? Para saber isso, basta olhar para os lados e para si mesmo, se você vê problemas em tudo é porque está no Jaboque, mas se consegue apesar das dificuldades, ver a face de Deus, então já passou para Peniel.

Se você estiver nesta passagem, deixe Deus transformar sua vida e tudo o mais, como lugares e pessoas serão transformados pelo poder de Deus.

Saia do Jaboque e venha a Peniel!

[1] SANTOS, João Batista Ribeiro. Dicionário Bíblico: conhecendo e entendendo a Palavra de Deus. São Paulo: Didática Paulista, 2006. Página 234.

AUTOR: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues
Cido Silva domingo, outubro 05, 2014
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